Na tarde desta quarta-feira (07), os rodoviários de Pernambuco decidiram, em assembleias realizadas nas garagens, rejeitar a proposta apresentada pela Urbana-PE e aprovaram a deflagração de uma greve a partir do dia 12 de agosto, próxima segunda-feira. Mais de 800 trabalhadores votaram a favor da paralisação, sinalizando um movimento significativo que promete impactar fortemente a Região Metropolitana do Recife (RMR).

Reivindicações dos Rodoviários

O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco divulgou uma nota expressando suas demandas. "Os rodoviários exigem dos empresários e da governadora Raquel Lyra respeito e valorização. Chega de mixaria nos salários! Queremos valorização e também controlar a nossa jornada de trabalho", afirmou a entidade. O sindicato ressalta a necessidade de um ajuste salarial digno e de melhorias nas condições de trabalho, criticando a atual proposta da concessionária.

Foto: Divulgação/Sindicato dos Rodoviários da RMR

Posição da Urbana-PE

Em resposta, a Urbana-PE reiterou que desde o início de julho vem mantendo diálogo com o Sindicato dos Rodoviários sobre as negociações coletivas da categoria. A concessionária afirmou que se manteve aberta ao diálogo durante todo o processo, apresentando propostas concretas na busca por um entendimento.

"Lamentavelmente, as lideranças rodoviárias rejeitaram qualquer possibilidade de acordo e optaram por persistir causando transtornos à população da Região Metropolitana do Recife (RMR)", declarou a Urbana-PE. A empresa destacou ainda que movimentos de greve têm sido influenciados por grupos externos com motivações políticas, o que agrava a situação e prejudica a população local.

Impacto na População

A Urbana-PE expressou preocupação com os impactos da greve na mobilidade urbana e na vida dos moradores da RMR. "É inaceitável que a nossa população e a mobilidade da RMR sejam penalizadas para servir aos interesses de determinados grupos", afirmou a concessionária, lembrando que, apenas em 2024, a região já sofreu com 29 paralisações ilegais promovidas pelas lideranças rodoviárias.

A empresa garantiu que, caso a greve seja deflagrada, tomará medidas para manter a oferta do transporte público por ônibus e minimizar os prejuízos para a população e a economia local.

Contexto e Desdobramentos

A decisão dos rodoviários de iniciar a greve no dia 12 de agosto ocorre em um contexto de crescente tensão entre trabalhadores e a concessionária Urbana-PE. O movimento é motivado por uma série de reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho, em meio a um cenário político e econômico desafiador.

A governadora Raquel Lyra e as autoridades locais terão um papel crucial na mediação deste conflito, buscando soluções que atendam às demandas dos rodoviários sem comprometer a mobilidade e o bem-estar da população.

Conclusão

A greve dos rodoviários de Pernambuco, marcada para iniciar no próximo dia 12 de agosto, promete ser um evento de grande impacto na Região Metropolitana do Recife. A rejeição da proposta da Urbana-PE pelos trabalhadores evidencia a insatisfação da categoria com as condições atuais, enquanto a concessionária alerta para as consequências negativas da paralisação. Com negociações complexas e interesses divergentes em jogo, a busca por um acordo que equilibre as necessidades dos rodoviários e os interesses da população será um desafio para todas as partes envolvidas.