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Desativação da Penitenciária Barreto Campelo é vista como impulso para o turismo em Itamaracá

Após mais de 50 anos de funcionamento, presídio foi desmobilizado e será demolido, abrindo espaço para crescimento econômico e valorização do Litoral Norte de Pernambuco

Publicada em 06/04/25 às 11:25h - 761 visualizações

por Litoral FM Recife


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Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, está sendo desativada após 51 anos  (Foto: Cristiano Régis/SEAP)

A Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), localizada na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, foi oficialmente desativada na manhã da última terça-feira (1º). A unidade prisional masculina de regime fechado operava desde 13 de dezembro de 1973 e cumpriu papel estratégico no sistema penitenciário da Região Metropolitana do Recife (RMR) por mais de cinquenta anos.

A medida, anunciada como parte de um plano de reestruturação do sistema prisional estadual, foi comemorada pelo setor turístico local, que há anos solicitava a desativação da unidade.

Turismo celebra decisão: “presente para o Litoral Norte”

O presidente do Trade Turístico do Litoral Norte de Pernambuco, Antonio Junior, declarou que a decisão chega como um verdadeiro “presente” para o desenvolvimento econômico e turístico da região:

“Essa desativação chega como um grande presente. Foi uma promessa de campanha e um compromisso firmado com o nosso trade. Vai diminuir casos de violência, assaltos e dar maior segurança para os investidores do turismo na região”, afirmou.

Segundo ele, a expectativa é que o setor sinta os efeitos positivos a partir de 2026, com aceleração de projetos turísticos e imobiliários. “Nos próximos 12 meses, começaremos a perceber o crescimento do investimento. A Ilha de Itamaracá é um dos destinos preferidos dos turistas que vêm para a região”, completou.

Demolição prevista, mas destino da área ainda é incerto

A governadora Raquel Lyra, em agenda na Advocacia Geral da União, confirmou que a demolição da unidade será realizada, embora ainda não haja uma data oficial definida nem o anúncio sobre o que ocupará o terreno:

“Vamos demolir aquela penitenciária. Recebemos o Estado com a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos e um dos piores sistemas penitenciários do Brasil. Com apoio do Governo Federal e decisões firmes, estamos reconstruindo”, afirmou Raquel.

O setor turístico, por sua vez, segue na expectativa sobre o destino do espaço. "Não sabemos se continuará sob domínio público ou se será concedido à iniciativa privada. Um empreendimento hoteleiro impulsionaria ainda mais a região", destacou Antonio Junior.

Redução da violência e valorização do território

A relação da penitenciária com o histórico de violência da região também reforça a relevância da medida para a segurança pública e para a valorização do território. O presídio foi por décadas um foco de instabilidade, influenciando negativamente na percepção de segurança da Ilha.

“Temos uma articulação bastante positiva com prefeitos, gestores municipais e o Governo do Estado. Seguimos um planejamento estratégico criado em 2021, e o Governo tem atendido bem às demandas”, relatou o presidente do trade turístico.

Motivos da desativação: estrutura precária e risco à integridade

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) justificou a desativação devido às condições estruturais críticas da unidade. Entre os principais problemas estavam:

  • Deterioração da muralha e passarelas
  • Falhas no sistema de esgoto
  • Precariedade nos pavilhões, áreas de vivência e setores administrativos
  • Falta de manutenção preventiva e corretiva

O secretário da pasta, Paulo Paes, considerou a medida um avanço significativo:

“A desativação da Barreto Campelo representa respeito com a população privada de liberdade e com os profissionais que lá trabalhavam. Vamos seguir com as mudanças necessárias ao processo de ressocialização”, afirmou.

Transferência de presos mobilizou mais de 450 agentes

A penitenciária contava com 640 vagas masculinas, e, no momento da desativação, abrigava 472 presos em regime fechado. Eles foram redistribuídos para outras unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife.

A operação contou com uma grande mobilização de segurança:

  • 115 policiais penais
  • 12 policiais civis
  • 332 policiais militares
  • Apoio do Corpo de Bombeiros
  • Polícia Rodoviária Federal
  • Drones e câmeras de monitoramento
  • Participação de serviços de inteligência

Oportunidade para reconfigurar o futuro da Ilha de Itamaracá

Com a desativação da unidade prisional, o Litoral Norte de Pernambuco se prepara para um novo ciclo de desenvolvimento. A expectativa gira em torno da valorização do turismo, atração de investimentos, e maior segurança para moradores e visitantes.

O local que por anos foi símbolo de superlotação e violações poderá, agora, representar renovação, geração de renda e inclusão econômica — transformando o antigo em oportunidade de futuro.




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