Esta semana, um caso de agressão em uma escola infantil em Fernando de Noronha causou indignação entre os moradores da ilha. Uma aluna de apenas 4 anos teve a boca colada com fita adesiva e as mãos amarradas por uma professora no Centro Integrado de Educação Infantil (CIEI) Bem-Me-Quer, a única instituição de ensino pública da região.
Detalhes do Incidente
O incidente ocorreu na sala de aula do CIEI Bem-Me-Quer, que atende cerca de 230 crianças de até 6 anos. A agressão foi presenciada por duas assistentes que estavam na sala no momento e que, segundo a administração, se omitiram e não intervieram.
Ação das Autoridades
Em resposta ao ocorrido, a Administração de Noronha emitiu uma nota ao Diario de Pernambuco nesta quinta-feira (4), informando que a professora envolvida foi imediatamente afastada de suas funções. As duas assistentes que estavam presentes no momento da agressão também foram afastadas.
"Foram tomadas medidas emergenciais, como o afastamento imediato das colaboradoras e a abertura de Processo Administrativo Específico (PAE)", afirmou a nota oficial.
Medidas Tomadas
A administração da ilha, através da Superintendência de Educação, contatou a família da aluna e acionou o Conselho Tutelar assim que tomou conhecimento do fato. Uma reunião foi realizada na terça-feira (2) com os responsáveis pela criança e o Conselho Tutelar para discutir o caso.
Durante o encontro, a professora, que não teve seu nome divulgado, confessou que "amarrou as mãos da criança com uma fita" e alegou não "lembrar se havia colado a fita na boca da criança". Ela também pediu desculpas aos familiares da menina.
Reações e Desdobramentos
O caso gerou uma onda de revolta entre os moradores de Fernando de Noronha, que exigem medidas mais rígidas para evitar que situações como essa se repitam. A administração local está sob pressão para garantir que a educação infantil na ilha seja segura e acolhedora para todas as crianças.
A situação destaca a importância de vigilância e treinamento adequado para profissionais da educação, bem como a necessidade de mecanismos eficazes para lidar com casos de abuso e agressão no ambiente escolar.
Os desdobramentos deste caso serão acompanhados de perto pela comunidade e pelas autoridades locais, com a expectativa de que ações concretas sejam implementadas para prevenir futuras ocorrências de violência contra crianças nas escolas da ilha.