Na noite desta quarta-feira (5), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou o segundo caso do fungo Candida auris (C. auris) no Hospital Otávio de Freitas (HOF). A paciente, uma mulher de 29 anos, estava sendo acompanhada em isolamento na UTI da unidade, como parte do grupo de monitoramento iniciado após a detecção do primeiro caso da infecção no hospital.
O primeiro paciente diagnosticado foi uma mulher de 51 anos, internada na mesma ala da UTI, no último dia 18 de fevereiro. O surgimento do segundo caso reforça a necessidade de intensificação das medidas de prevenção e controle, devido ao alto potencial de disseminação e resistência aos antifúngicos do Candida auris.
Medidas emergenciais e controle sanitário
Como medida preventiva, a direção do HOF e a Central Estadual de Regulação de Leitos determinaram que a Sala Vermelha, setor por onde a paciente diagnosticada passou antes de ser transferida para a UTI, permanecerá fechada para novos pacientes até a próxima sexta-feira (7).
“A limpeza e a desinfecção do setor serão intensificadas conforme as diretrizes da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), em parceria com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Otávio de Freitas”, destacou a SES-PE em nota oficial.
Monitoramento de pacientes e testagem para o fungo
A Apevisa também determinou que todos os pacientes atualmente internados na Sala Vermelha do HOF passem por exames específicos para detectar a colonização pelo fungo. O procedimento será realizado por meio da coleta de swab, que permite a identificação precoce do C. auris e auxilia no isolamento de novos casos.
Além da testagem, a SES-PE reforçou a importância da capacitação contínua dos profissionais de saúde e da equipe de limpeza do hospital para conter a propagação do fungo. As recomendações incluem:
Candida auris: um fungo resistente e perigoso
O Candida auris é um fungo emergente e altamente resistente a antifúngicos, sendo considerado uma ameaça global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A infecção pode causar complicações graves em pacientes hospitalizados, especialmente imunossuprimidos e internados em UTIs.
Entre os desafios do C. auris, destaca-se sua capacidade de:
Diante da nova confirmação, a SES-PE reforça a necessidade de vigilância constante, prevenção rigorosa e cooperação entre os profissionais de saúde para conter a disseminação do fungo no estado.